domingo, 6 de março de 2005

Minueto de amor

Olhando nos teus olhos, te canto uma canção qualquer. E, girando, me toma pelo braço o eterno amanhã. Se foi, assim como se vai um dia, tudo aquilo que virá. Mas eu acredito ainda na última pétala, e seu sonoro bem-me-quer...

perce à vaca

Vaca! que mesmo não querendo, ainda assim a tens. ela que é todas as coisas, e também coisa nenhuma. a vaca é tudo que se precisa, a vaca é puro amor. a vaca é tudo em que se pensa. e a vaca nasce e morre na dor, na falta e no desamor. a vaca é tudo e todos, e ela é só uma.

sexta-feira, 4 de março de 2005

Resumo

É tudo bosta, coisa morta, grama que nasce por cima. E se multiplica.
Uma paisagem transformada pelo clima. E o detalhe é que importa.
Ou são tudo ismos, ou são cismas. Ou são só rimas. Sem fim, sem mim. Sem coisa nenhuma. E às vezes falta o sim. Se algo se afirma, o contrário se ensina. Se prova o impossível. Se tropeça no visível. Provavelmente uma vida improvável. Um caminho que não é meu. Mas que tomo, que corro sem saber. Que morro sem temer. Onde vivo sem porquê.
Sem conforto, sem razão, nem noção de sim ou não. Certo, errado, confunde-se ordem e caos. E vamos todos, lado a lado, embalados, destilados. Rumo à acolhida celestial dos nimbo-estratos. E um dia se sai voando em pratos, feito disco voador... Alguma coisa existe, seja lá o que for.


O que é amor?