sexta-feira, 23 de dezembro de 2005

Suave paisagem

Sabe que é assim que eu prefiro?
Eu mesmo assim... Calmo e quieto
no meu canto.. quase tranquilo.
Trocar o fardo, tão pesado
pelo sorriso leve
de quem sabe que a vida, sendo o que é..
pode ser tão suave!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2005

Incompletos

Incompletos... mas sofrem tanto por quererem ver no outro a completude e perfeição que não vêem em si mesmos.

Pela janela, os passantes são espelhos. Homens e mulheres espelho. Mais altos, baixos, belos ou feios. São o que sou eu, cada um ao seu jeito.

terça-feira, 6 de dezembro de 2005

É sem mim que não sou eu
Sem qualquer outro quê,
eu ainda sou e vou sempre ser.
Que me esqueçam os que puderem,
que jamais seja como era,
ou que seja, sigo vivendo
Meus outonos, invernos,
e o inferno e a primavera.
Eu sou assim em mim
E que não haja nada lá, ou ali,
ou mesmo aqui, como seja!
não é meu fim! como queiram, até livrem-se de mim!
ainda sou livre em mim...

e quem quiser ser um herói, não me siga.. mas me diga..

segunda-feira, 31 de outubro de 2005

Evening walk

"Não estou pensando em nada
E essa coisa central , que é coisa nenhuma,
É -me agradavel como o ar da noite,
Fresco em contraste com o verão quente do dia.

Não estou pensado em nada , e que bom!

Pensar em nada
É ter a alma propria e inteira.
Pensar em nada
É viver intimamente
O fluxo e refluxo da vida...."

Álvaro de Campos

Não.. nao vou escrever um monte de coisas aqui hoje. Não tem mais coisas pra escrever.. nem quero mais escrever coisas... não agora.
Só quero ser nada.. olhar pra nada... e viver nada... não quero ser sim nem não.. Quero que me olhem e sintam nada. nem repugnância nem satisfação.. nem indiferença, que ainda não é o nada. Só continuem fazendo o que estavam fazendo.. se quiserem, podem me convidar.. vou ser quase como nada... não vou incomodar.
Easy, easy, smooth.. calmly walkin` in this deep blue evening.

sexta-feira, 14 de outubro de 2005

do Amor

Ah.. suave coisa, suave coisa nenhuma.. o solitário andar por entre a gente. Coisa que se há muito descreve, mas que não há ainda paralelo em verso. Não há sequer paralelo no verbo. Falta sempre algo. Mesmo o menor dos detalhes já faz o que era não ser mais. E tudo, então, que se tentou dizer, se perde num crescente de vozes e gestos, que por fim recuperam, mas já não têm de fato o que querem. E lá vamos mais uma vez, para o que nunca teremos.
E tenham dó dos pobres que o conhecem... porque eles são felizes, e por isso sofrem.
E como é bom.

Varições sobre a série

[A realidade toda é impossível. Melhor matá-la]

As pílulas não causam dor alguma, nem curam qualquer amargura.
Elas são mesmo só a moldura.
Essa moldura que envolve uma eterna figura.
E vê ainda muito mais quem vem perto olhar
que não é só guerra, morte e paz.
Nem é só o belo e intenso brilho fugaz.
É bem mais, um conforto que nennuma pílula traz.

Tem VIDA, Mente! Um felicíssimo pobre coitado que sente!

Te o que uns chamam de gente.
Não sei bem o que é, se é mesmo
ou se é diferente
mas vou continuar sempre dizendo.

[A realidade toda é o possível. Melhor amá-la]

?Se em mim a coisa é assim em ti já é outro assim que faz diferença qual sendo a coisa toda no fim?

Ainda mais diferente ela seja sempre que não tem nada igual a todo um mesmo início final de um único momento só sem sabermos bem como foi bem como agora vai no velho hoje de sempre até hora nenhuma afinal.


Se em mim a coisa é assim
E em ti já se tem inteiro outro de mim
Que diferença que se faz?
Se é a mesma coisa toda no fim?
Pois, bem diferente ela seja, ou mais
É sempre um mesmo início final de um todo único momento só
Que a gente faz sem saber
Bem como foi, bem como vai
No velho hoje de sempre
Até hora nenhuma afinal.



Afinal, nenhuma hora até sempre, no hoje velho de agora, vai como bem foi e faz bem, sem a gente, mesmo por momento, saber de um único início. É sempre final!!
Pois bem seja a mais diferente coisa, é toda ela mesma no fim!

E faz-se a diferença que outro tem de mim inteiro, se em ti a coisa é, e assim em mim?

segunda-feira, 15 de agosto de 2005

Arcano zero


O louco segue na sua jornada - a vida.
Sem conhecer rumo ou destino
Ele escolhe o caminho que trilha.

Não tem medo do precipício
Sabe que o fim é só o começo de outro início
Conhece a beleza do universo,
não atrave´s de uma janela
Mas com ciência de ser também parte dela.

Na leveza singela de sua coroa,
Está o laço que o liga ao Divino Esplendor
E o reveste de luz e glorifica, mais que toda prata e todo ouro.

O Louco sabe, e conta verdades
Que se escondem entre seus disparates.

Com o sábio, ele comunga a verdadeira Essência
E no âmago do seu devaneio,
Onde nada é mais belo ou feio,
Ele vive a imensidão de toda a existência.

E quando chega a hora, sem demora, ele parte.
Livre do ontem, ele é Hoje.
E seu futuro é apenas próximo passo.

sexta-feira, 5 de agosto de 2005

As melhores más escolhas

então decidi eu mesmo por ser triste
e, por estranho que pareça, acredite
felicidade, hoje, é quase um mal que aflige.
Tivera ainda escolhido temer,
e já o mais corajoso dos homens.
Que São bem assim as coisas
Ruins e boas, elas brincam... num jogo de esconde

E finja que não quer, que não as vê
já vêm elas, sorrindo para você

Por ter então encontrado calmaria, chegado a esses tempos tão pacíficos
Eu dou graças tão somente às piores escolhas...

sexta-feira, 15 de julho de 2005

Dúvida

Uma só sensação resgata milhões de anos de intuição.

E se eu dissesse que não se pode ter, que nunca houve tal amar?
E se eu fosse a minha maior decepção, mesmo correspondendo espetacularmente a toda expectativa?
E se amasse e fosse amado, estando distante de mim mesmo?

E se tudo simplesmente Fosse, enquanto nada disse fosse verdade?


E o que foi feito de mim?

domingo, 19 de junho de 2005

Apontamentos sobre um quase-budismo

Tudo isso que vemos.. toda essa aparência que temos, todo o amarelo, todo vermelho, toda queda e todo erro. Toda pessoa, todas as palavras e todo o silêncio. É tudo existir. São tudo momentos.
É essa a grande Graça! Não é que vá ser amarelo o tempo todo. Nem deveria. É que toda cor se soma no branco. E que existe toda dor assim como há toda alegria, é o que faz o contraste, é o que faz as coisas existirem como são.
É uma roda.
É o infinito.
Uma ciranda.
É o medo.
Um brinquedo.
É a morte.
Um doce.
O amargo.
Um lindo dia.
Uma nuvem cinza.
É a Vida.. digamos sim à vida.. e aceitemos
Tomarmos só uma metade, jamais a roda vai girar.

segunda-feira, 6 de junho de 2005

Trimurti

E a vida segue em sua dança antitética e estranha. passos de dor e prazer, conjugados numa harmonia que encanta... viva o universo e o jogo de criar e recriar! viva o existir e a sua eterna dança!

terça-feira, 31 de maio de 2005

Flores no caminho II

E assim é tudo tão fácil, sempre sabendo o que dizer. E parece tão fácil não pensar, só fazer. Mas dói quando é só você. Dói quando alguém chora por não te entender.
Sim, a vida pode ser só linda, mas aí ela não vai ser vida.

amo. me ama?
Prometo. Aceita?

domingo, 29 de maio de 2005

Saudades da minha terra

Há um lugar, além do que parece, além do que perece. Nese lugar é que a gente se conhece, nesse lugar eh que cessa a busca. Nesse lugar somos, e só. Nesse lugar não há dúvida, não há falta, não há nem sentir (eh um lugar além dos sentidos). É onde se vive a plenitude de ser, é onde se acha a unidade do que sempre apareceu esquartejado. É um lugar, uma pena, além do meu verso - este assassino de verdades - mas é o lugar onde se acha a única verdadeira felicidade pura. Nesse lugar se transcende essa luta estúpida.
E isso é um convite...

domingo, 8 de maio de 2005

mas quando digo que amor é sim. sou um tolo, mas acredito. dizer não ao que é sim é afirmar um outro sim. eu prefiro dizer sim ainda, e sempre vou dizer. mesmo quando o mundo diz que tanto faz, ou que não adianta mais.

Por um existir trágico

ha-ha-ha
(quem é forte o bastante pra não querer voltar no tempo e consertar seus erros?)
look for the girl with the sun in her eye and she`s gone.

existir é o grande desafio, persistir é fácil, existir não é para os fracos. na jornada de ser, encontra-se e desencontra. no eterno retorno, no eterno não-sim, um se debate na busca do fim. quando fica quieto, aí então é que pronucia, sem saber, o derradeiro sim. nunca se é livre. há sempre o esforço. há sempre desejo, há sempre o imperfeito. há sempre mais, e se tem sempre menos. o passar do tempo nos subtrai o que deveríamos estar, na verdade, a ganhar. quem sabe? quem pode? quem se acha forte o suficiente pra mudar o imutável? quem se atreve a virar pelo avesso o infinito? mesmo sabendo que do outro lado só há nada.

sábado, 7 de maio de 2005

Easy...

pra falar a verdade, eu não nos entendo mesmo.
Pra que tanto barulho? pra que isso? Pra quê?
é besteira! tem tanta coisa mais importante...

mas deixa pra lah.. hora dessas eu descubro um porquê pr'isso tudo...

take it easy!

sexta-feira, 6 de maio de 2005

Amor é terno

Sobre o amor que se tem, que não é o Amor que só ama: não é o existir devotado, que transcende, ele é só a chama que vira cinza fria depois do incêndio. Vamos amar pelo "amo" ao invés de amar pelo "eu quero". É sério!

segunda-feira, 25 de abril de 2005

Elogio da loucura

Era só um louco sentado na grama, jogando pedras no fogo:
- elas não queimam.
mas pouco importa para ele, elas esquentam. E ele disse:
escuta... são as nuvens passando.
Vê, lá vêm.. estão me chamando. Eu preciso ir com elas. Nasci do fogo e da terra, mas minha vida é o ar... Preciso viver com o vento, preciso voar. I`m growing... i`m living.. i`m dying. I`m leaving, i`m loving, i`m going and coming. Quando o universo deixa de ser um e se transforma em verso, nisso há muito que se perde. Não convém deixar de viver. A natureza não é ter, é ser e deixar ser...

Num mundo normal, loucos são os que sabem do saber universal. Bons são o que falam de bem e de mal. Loucos vivem a morte de cada dia, bons são os que vivem temendo ela em cada esquina. Os loucos amam tanto a tempestade quanto a calmaria. Bons são os que dão o que não têm por segurança para o que têm.

quinta-feira, 21 de abril de 2005

De volta

Bom, faz tempo.. mas eu voltei. Voltei pra contar agora como a vida flui aqui e ali.
Vamos sentar aqui, falar sobre qualquer coisa. Deixa eu contar sobre os pingos de chuva, sobre cachorros de rua. Pensar o que é a vida e pra onde o vento vai nos levar. Contar o que é novo, vamos lembrar dos jogos antigos e bobos que brincamos ainda.. Podemos até cantar, e também podemos rodar e rodar e dançar sob o sol. Vamos todos pisar descalços a grama e sentirmo-nos um só.
Porque a vida é mesmo linda, porque tudo foi mesmo feito pelo sol.

"Tudo que você encontra, e tudo que você amar será iluminado como o sol. Brilhante como um sol. Tudo foi feito pelo sol. Viva sempre em sua luz. Tudo foi feito pelo sol!" (Os mutantes - Tudo foi feito pelo sol)

Still i love.. still i dream. still i live... don`t know where i go, but still i live on...

domingo, 6 de março de 2005

Minueto de amor

Olhando nos teus olhos, te canto uma canção qualquer. E, girando, me toma pelo braço o eterno amanhã. Se foi, assim como se vai um dia, tudo aquilo que virá. Mas eu acredito ainda na última pétala, e seu sonoro bem-me-quer...

perce à vaca

Vaca! que mesmo não querendo, ainda assim a tens. ela que é todas as coisas, e também coisa nenhuma. a vaca é tudo que se precisa, a vaca é puro amor. a vaca é tudo em que se pensa. e a vaca nasce e morre na dor, na falta e no desamor. a vaca é tudo e todos, e ela é só uma.

sexta-feira, 4 de março de 2005

Resumo

É tudo bosta, coisa morta, grama que nasce por cima. E se multiplica.
Uma paisagem transformada pelo clima. E o detalhe é que importa.
Ou são tudo ismos, ou são cismas. Ou são só rimas. Sem fim, sem mim. Sem coisa nenhuma. E às vezes falta o sim. Se algo se afirma, o contrário se ensina. Se prova o impossível. Se tropeça no visível. Provavelmente uma vida improvável. Um caminho que não é meu. Mas que tomo, que corro sem saber. Que morro sem temer. Onde vivo sem porquê.
Sem conforto, sem razão, nem noção de sim ou não. Certo, errado, confunde-se ordem e caos. E vamos todos, lado a lado, embalados, destilados. Rumo à acolhida celestial dos nimbo-estratos. E um dia se sai voando em pratos, feito disco voador... Alguma coisa existe, seja lá o que for.


O que é amor?

terça-feira, 22 de fevereiro de 2005

Prece para a que sai voando

Vai! Voa pelo universo. E leva contigo o lenço. Onde, de amor, te fiz um verso.
Vai, que já não te prendo. Mas não esquece! É só isso que ainda te peço...

domingo, 20 de fevereiro de 2005

uns quereres

queria te dar a luz que eu não vejo... te faria presente todo o tempo.. te sentir suave como o vento. queria te amar, mesmo sem te ver. E queria te ter. Razão, porquê... Eu só queria você.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2005

I`m glad for all you did to me..
i`m pleased to have you here
not by my side, but here, inside..

Tudo o que vai, sempre volta. Quem chora tem motivos, e vontade de chorar.. quem sorri tem amigos, e vontade de não chorar. You always get what you give. Se é bom ou mal, realmente não importa. Amor é só o que faz falta. Seja de verdade, ou só de faz-de-conta.

Eu vou ser sempre um sonhador, e eu não vejo nada errado. Eu não sei lutar, então fico parado. Mas eu sei falar.. e por isso às vezes fico calado.

sábado, 12 de fevereiro de 2005

Amar a vida

"Tão dizendo que pe pra competir, mas eu só penso em te ajudar. Procuro um lugar onde a gente possa amar. Amar a vida"

Ao fim da vida é que se percebe a real natureza de tudo o que se viveu.. ilusão. E uns chegam lá e querem voltar... fazer coisas diferentes.. corrigir erros, sofrer menos. E eu me pergunto: qual seria a diferença? Só seria uma ilusão mais agradável.. de que serviria? Se no fim tudo é nada... Ah.. não digo que não valha toda e qualquer pena.. só digo que não faz diferença. Quem quiser, que faça.. quem não quiser, que peça desculpas.
Eu chamo de amor a linha infinita imutável, corredeira que tudo transforma e contorna. E não as coisas bonitinhas que têm cor de flores...
Não.. não quero ser arrogante.. por isso eu digo que "eu chAmo". Também por isso, eu fico no meu canto.

Sim.. eu ouço dizerem que é um lindo dia.. de fato ele é! Não luto contra a alegria.. Não luto contra a vida.. ela sempre foi minha amiga ;)

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2005

Mother nature's son

The Beatles - Mother Nature`s Son

Nasci um pobre garoto do interior - Filho da mãe natureza
Passo meus dias aqui entoando canções para todo mundo

Sentado próximo à corredeira de uma montanha, vejo subirem as águas
Me deliciando com o lindo som da música que voa por aí

Me econtre e um campo gramado - Filho da mãe natureza
Brincando com as margaridas canto uma canção preguiçosa sob o sol

Filho da mãe natureza..


Ainda aqui no meu cantinho... pra sempre no meu canto. Quietinho. Se alguém precisar de mim... sempre vai saber onde me encontrar. Se eu precisar de alguém.. espero que ouçam as canções tristes que eu vou cantar.
Eu tenho aqui uma flor.. alguém quer ela?

terça-feira, 8 de fevereiro de 2005

Do fim do sofrimento (ou a compaixão)

Não tenhamos fixação n`algumas coisas.. nem busquemos em demasia a segurança... Não nos prendamos a fatos... prendamo-nos a sentimentos! Prendamo-nos à devoção, às coisas verdadeiras... Sei la.. coisas acontecem, pessoas apodrecem... mas o que é de espírito permanece.. o que é amor permanece! O tempo passa, espaços mudam, se trasforma a vida.. mas a essência permanece ainda.
Eu erro.. eu magôo.. eu choro, caio, agrido. Mas eu continuo sempre amando.. é algo incondicional, atemporal...Não importam circunstâncias pra quem sabe e ama...
Tah.. besteira! pode ser.. pode não ser. Só um monte de palavras jogadas por aí, pontuadas e organizadas de um jeito estranho. Mas qual texto não é? E o que se tira? O que se aproveita? O que se quiser enxergar! A beleza está aí.. A perfeição se esconde atrás da forma.. atrás do visível

domingo, 6 de fevereiro de 2005

Mind games

uma noite especialmente boa.. tão bom ficar aqui no meu canto que nem deu vontade de sair.

Eu fico sentado aqui pensando. Brincando com a minha respiração.. meditando sobre a minha condição
E pensando que tem gente que diz de hoje, soh uma véspera de amanhã
E que tem gente que não sabe o que quer, que tem gente que não sabe quem é.
Eu mesmo sou um desses.. eu confesso.
Eu às vezes me enredo nessas coisas de realidade.
Eu às vezes até gosto de ficar preso nessa rede.
Mas é claro que tem uma hora que enche o saco.
E que tem algo que é importante.. e isso não se pode deixar de lado
Eu tenho coisas pra fazer.. tenho vidas pra viver... isso um dia tem que acabar
Tudo bem pelas diversões, brincadeiras e tudo o mais..
Mas não dá pra se deixar levar.. Pq não é exatamente real
Eu não sou exatamente isso que aqui está. Por mais que possa parecer
Eu quero estar além. Quero fazer o que tenho de fazer
Sem me preocupar com bem ou mal... Não vim também para lutar
Talvez seja aprender a ensinar a amar... talvez seja ajudar, ou só morrer.
Talvez seja nada, talvez seja só ver acontecer o que se crê.
Mas é verdade que aí algo de útil deve haver.. e há!


Ahh.. sei que ninguém vai entender.. sei que ninguém quer mesmo saber sobre isso.. mas eu me sinto bem. Só quero dizer quem eu sou.. o que eu penso. O que eu quero do mundo, da vida... De qualquer coisa, mesmo do que não sei o que é.. é mais ou menos isso que eu espero.
Talvez seja isso que eu queira dizer quando digo ter virado um chato.. Mas talvez nao seja.. nem eu me entendo.. whatever, um dia eu aprendo.


"Estávamos falando sobre o espaço que há entre nós, e sobre as pessoas que se escondem atrás de um muro de ilusões. E nem percebem a verdade. E então, já é tarde demais. E elas se vão."

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2005

Dawn to dawn, a lifetime

Mais uma manhã.. me abre os olhos o nascente dourado.. e saio.. num outro dia já demarcado. São horas e horas adentro da neblina, andando só.. trilhando o caminho a que dão nome vida.. tendo como companhia o entusiasmo do sol. E ao que se escorre o tempo qual a chuva torrenciada, desaparece o companheiro.. e é mais um que se vai.. Agora é ela quem anda comigo. Misteriosa e sábia. Calada, vela minha jornada; Bela, luz meu caminho e meus olhos. Me encanta e devora. E ao fim de uma noite, já não sou nada.. Fica para trás a jornada.. ficam para trás as intenções.. é o fim do caminho. Mas fica uma noite, um momento bom... na alma de um sozinho.

tah.. eu queria dizer algo bonito, não algo triste.. pq eu tô feliz, e não triste.. Mas não dá. Não vou ficar lutando contra tudo o que vem.. quem sabe amanhã eu escreva algo mais amarelo. Mas talvez se veja sim por aih algo de belo.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2005

Meu caminho

Eu não sei por que, mas eu insisto nisso... não sei se é certo, mas para mim tem caído muito bem. Não me importa se isso tudo permanece (ou se é tudo ilusão) Eu quero seguir... quero mergulhar sem receios no presente que era futuro, dou passos firmes no escuro. Se vai ser daqui a duas horas, se num dia vai-se completar uma volta, pouco me importa! Eu estou respirando agora.. e pensando.. e desejando, ou qualquer outra coisa.. nem sei, eu simplesmente ando.
Talvez por isso eu não chore dores.. Talvez por isso não me assuste a morte.. Talvez por isso eu não tenha medo dos amores. Talvez eu esteja aprendendo a ser forte...
Ou talvez seja só sorte... mas se eu posso, todo mundo pode.

Eu queria dedicar esse post às pessoas a quem eu não disse nada nos momentos em que queriam ouvir minha voz. É o mais humilde dos pedidos de desculpa... quando faltei, não foi omissão, foi mesmo a incapacidade que é característica dessa minha tão vil e humana condição...

A vida como música

e lá vamos nós seguindo nosso caminho por essa estrada enevoada
Seguimos nossa jornada, mesmo que seja curta a vista à diante
não importa se ela nos leva ao rio da vida, se leva a nada..
é só seguir.. não há o que temer, senão o não-ser
É melhor que, ao invés de se envergonhar pelos passos errados, se dance!
A música uma hora acaba, mas quem se importa!? Ocumpemo-nos das nossas valsas!

domingo, 30 de janeiro de 2005

Escolhas

às vezes, várias coisas podem ser a coisa certa a fazer. E a única coisa que nunca vai ser certa vai ser a sua escolha. Fazer ou uma ou outra pode ser impossível algumas vezes.
às vezes se sente saudade. Ou ainda se sente um vazio. Pode também se sentir que tudo poderia ter dado certo. Ou que aquilo que era diferente eh que seria melhor. Mas a verdade é que tudo o que acontece é sempre lindo. É certo que todos atos tem conseqüencias. É certo que todos amores dóem. E que amor nenhum acaba. É certo que ficar longe corrói a alma. Mas é certo também que sempre a um beijo e um sorriso, corresponde toda lágrima que se derrama.

terça-feira, 4 de janeiro de 2005

Vou indo...

Já comecei e recomecei, e terminei e desaprovei várias vezes isso aqui. Já pensei, repensei. Decidi e me confundi. E, por tantas outras vezes, eu me perdi... mas eu sustento a afirmação - já que sem qualquer outra opção - de que tudo tem de ser diferente nestes outros doze meses.
Não, não é que tenham os velhos sido ruins, ou qualquer coisa parecida. Mas é que eu sou desses aí.. sou mais um, e vivo e busca de mim. E, o pouco que eu posso deste que está aqui, ou da vida, é: "haja inconstância!"
E por isso eu preciso buscar dias diferentes, preciso viver o tempo todo, ser bem mais que lembranças... Sou criatura errante. Não dá pra criar raízes, eu prefiro deixar que o vento me leve longe. (E é essa mais uma meta para o novo ano, ser tão leve que o vento me levante.)

Vai, esquece-te do resto, pega o que precisas.
Deixa que pelas ruas escuras o vento te guia.
Não tenhas medo. Tens teu verso.