sábado, 10 de março de 2007

do sofrimento

Cada um deles que anda e pensa, e enxerga e cria, é só um tema a se repetir entremeado por silêncios breves, lá ou ali mudando tempos, tonalidades.
É como a verve vulcânica do poeta, e a imensidão de oceno dos loucos e extáticos, e é como também é a maquinificante compulsão mantenedora do hábito, e todo gesto e todo acontecimento, e não há de ser senão como é e sempre foi, como acima e como abaixo, tanto e enquanto for humana a visada, uma mesma valsa sem par que se há de dançar até que alcance o último homem os confins do sempre.
Que surja aqui ou ali um fundo alegre de flauta a colorir a tragédia, e não faz mais que transformá-la em comédia. E tudo segue.
Tão diferente quanto sempre foi de si mesmo, o humano cósmico existe às suas dez mil maneiras de ser vazio como sempre foi, vazio como nada, vazio como nunca, vazio como ser. Colorido pela inspiração, aprisionado pelo correto, animado pelo belo e temendo o outro, segue ator do eterno drama cósmico. Pois que a triste música fria que somos, repetitiva e sofrida sinfonia de existir e sumir é tudo o que podemos. Mais, nós sequer concebemos.

3 comentários:

Unknown disse...

Gosto muito do que tu escreve só acho um pouco deprimente ,pessimista mas isso naum é uma crítica apenas uma preocupação de mãe,mas espero que eles falem apenas de uma visão do mundo irreal ,que retratem não a tua realidade.Seja feliz.te amo. mãe

laura sobenes disse...

... e sequer entendemos.

pra constar: www.destruindolaura.blogspot.com

Anônimo disse...

Loko!
Não li e não vou ler.
mas é bom saber que existem cacos de ti pela internet
ahhh olha ai
www.cuba.cu
abrasss do Claudines