Ao escrever, deixo passar por vários sentidos um algo que não bem digo, e entre linhas faço que se dissolva um, dois ou muitos possíveis, e assim é que nasce um texto vivo. Lido, tal texto não deve ser mais que quase entendido, talvez subentendido. Que fique aberto o conceito, que fique do mundo ainda sempre um resto para ser relido, um pouco de vida que possa ser vivida e um pedacinho de música que não chegue todo ao ouvido. É que os restos no fim das contas são o que nos faz continuarmos; os não-sensos - evidente paradoxo - são o que orienta em algum sentido.
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